domingo, 6 de junho de 2010

14# A igreja da modificação corporal

Você já ouviu falar em Igreja de modificação corporal? Já se deparou com pessoas que declaram ter esse tipo de religião? Achou tolice, desculpa ou papo furado ?
Acredite ou não, essa igreja existe, e anda levantando muitos questionamentos, quebrando alguns tabus e inclusive ‘regras’ de uma sociedade.

Criada na virada de século por Steve Haworth em Phoenix (Arizona, EUA), esta comunidade afirma em sua doutrina que existe "espiritualidade" no desejo de modificação do corpo humano. "Praticando as técnicas de manipulação e de modificação corporal reforçamos os laços entre mente, corpo e alma, e conseguimos viver nossa espiritualidade como indivíduos completos", assinala o site da organização.
Precisamente, a mente, o corpo e a alma, representados por três linhas brancas - denominadas "linhas ministeriais" – essas, são as senhas de identificação desta igreja, que seus "padres" trazem tatuadas.

Segundo os últimos dados da Academia Americana de Dermatologia, quase 50% dos americanos tem no corpo alguma tatuagem ou piercing. Isso explica porque estes pastores têm um grande ''rebanho'' para o qual transmitir sua fé. A "Igreja da Modificação Corporal" (CoBM, na sigla em inglês) se declara aconfessional, não discrimina fiéis de nenhuma fé ou religião, mas adverte que algumas de suas práticas podem ser contrárias a determinadas crenças.

A CoBM teve que esperar até 2001 para ter certa popularidade, que chegou inesperadamente, por via judicial. O caso " Costco contra Cloutier".
Costco Wholesale é uma grande rede de supermercados, que demitiu uma de suas empregadas que negou-se a ocultar o piercing de sua sobrancelha durante as horas de trabalho. A jovem decidiu denunciar a empresa por demissão sem justa causa e alegou no tribunal que sua negativa tinha motivações religiosas, já que fazia parte da "Igreja da Modificação Corporal". Apesar de a corte ter determinado em sua sentença que a ex-trabalhadora não tinha razão em seu pedido, a CoBM teve publicidade gratuita que resultou na sua expansão.

No entanto, mesmo tendo esta popularidade e sendo legalmente reconhecida pelo Governo dos EUA, nem tudo foram flores para a igreja, que se viu envolvida em vários escândalos, quase todos de âmbito econômico.
Alguns internautas, que aproveitam o anonimato da internet, denunciaram a falta de transparência que a CoBM tem com as doações de seus membros. Além disso, em 2002 surgiu uma polêmica que até hoje persegue a organização. Onde, dois de seus ministros - Alva Richcreek e Steve Truitt- foram detidos sob a acusação de praticar a medicina ilegal, após terem realizado uma operação de modificação genital sem a devida autorização.

O presidente da congregação não quis fazer declarações e se remeteu a um comunicado publicado na Internet. Por estas razões, muitos pensaram que o fim da igreja estava próximo, só que pouco a pouco continua conquistando fiéis "cansados de ser discriminados ou ignorados” pela sociedade devido a sua decisão de modificar o corpo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

13# Tatuagem de Córnea


Essa não é uma prática recente, a tatuagem de córnea tem quase 2 mil anos, e era comum no final do século 19 e no início do século 20. A córnea - camada invisível de tecido na parte frontal do olho - pode adquirir cicatrizes devido a lesões ou doenças; Uma marca opaca pode se formar durante a cicatrização de uma perfuração, deixando um ponto embaçado e descolorido na superfície do olho. Para tatuar os olhos, foram desenvolvidos dois procedimentos. No primeiro, é utilizado uma agulha tradicional com tinta, mas a tinta pode não se prender, então foi desenvolvida uma segunda aplicação, com seringa e o pigmento é o mesmo usado em tatuagens convencionais.

Os adeptos dessa modificação, afirmam que a recuperação dos olhos é muito rápida e que o procedimento é totalmente seguro.

12# Branding

O Branding é realizado através de um ferro quente encostado na pele, produzindo desenhos permanentes - técnica parecida com a utilizada para marcação de gado. O ferro com a ponta com o desenho escolhido é aquecido com um maçarico e após o metal ficar em brasa é encostado na pele. Pode também, ser realizado de forma mais artesanal utilizando uma caneta, friccionada sobre a pele até produzir o desenho desejado. Geralmente, o procedimento realizado desta forma é menos invasivo e a marca pode não ser permanente.

Considerada um das práticas mais dolorosas, traumática e arriscada devido a dificuldade de cicatrização da queimadura.

Historicamente, esta prática é considerada símbolo de escravidão ou criminalidade, pois marcava-se os indivíduos com tal status na Idade Média. Em outras locais, em casos de relações duradouras a técnica é utilizada para significar propriedade do parceiro.


11# Escarificação

A Escarificação é um corte feito na pele com o uso de bisturi, onde é retirado parte da pele e depois de cicatrizado forma o desenho desejado.
Suas raízes são em culturas tribais, onde as cicatrizes são o diferencial e as razões para te-lás são inúmeras:
Pode ser um rito de passagem na adolescência, para identificar o estado emocional – como de tristeza ou bem-estar - comum em tribos da Nova Guiné. Na África, as mulheres utilizam essa técnica como forma de beleza.
Até a 1870, na Nova Zelândia, serviam como assinatura. Quando um indivíduo da tribo não as tinha o corpo era considerado nu sem estas marcas.

Porém, pode causar danos e traumas na pele. O resultado depende da cicatrização que é imprevisível. Outra preocupação é a infecção.






10# Implantes Transdermais

Nessa modificação o objetivo é implatar objetos de silicone, osso ou aço – de formas e tamanhos variados - com a intenção de criar um design ao corpo. O implante é feito através de cirúrgia- com um instrumento, conhecido como elevador dermal – que separa o tecido subcutâneo da fáscia e cria o bolso, onde o implante será inserido.

Existem também aqueles que podem ser projetados para fora da pele, onde acontece a perfuração cutânea; nesse a peça base (interna) é rosqueada, para prender-se à peça que ficará pra fora – popularmente, são conhecidas como chifres. Vale ressaltar que nessa técnica podem ocorrer inflamações e rejeição pelo organismo.



quarta-feira, 2 de junho de 2010

9# Corset (Espartilho)


O Piercing de Espartilho ou Corset Piercing é uma técnica de modificação corporal que consiste na perfuração das costas, panturrilha, braço ou outras partes(sendo mais comum no primeiro caso) em sequência, onde são inseridos alguns piercings(em forma de argola). Nestes é possível traçar uma fita que assemelha-se a um espartilho.


Geralmente, é sugerido que o corset seja feito para uma ocasião especial, pois a cicatrização de vários furos feitos juntos e com tão pouca distância é bem mais complicada e possui um maior risco de infecção na área.
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Update:
Fomos questionados pela Paula Miguel, através dos comentários, se a pessoa que aplica o corset piercing pode colocar blusas. É uma pergunta interessante, pois este tipo de modificação, como falamos, é o que deixa a pele mais sensível. Justamente por isso, as pessoas que colocam, geralmente o fazem e usam roupas que deixem essas áreas descobertas, até porque quanto maior o contato do tecido e outras coisas com a pele, maior a probabilidade de infecção.

8# Dentes Lixados

Enquanto muitos usam aparelhos, fazem tratamentos ortodônticos para obter um belo sorriso, outros querem, mesmo, ter dentes afiados, parecidos com os vampiros e, para isso, lixam os dentes, ganhando este aspecto:


Não se sabe de onde surgiu esta modificação, que não é milenar como as outras. O mais provável é que seja somente para o fim estético de parecer-se com os vampiros.

7# Tongue Splitting (Bifurcação da Língua)

Tongue Splitting é uma modificação que começou bem lentamente, porém, hoje possui cada vez mais adeptos no mundo.
A bifurcação -como o nome já diz- é o ato de dividir a ponta da língua em dois, dando o aspecto da língua da cobra. Após a cicatrização, cada lado passa a ter movimentos independentes.





Vale lembrar que a bifurcação é uma intervenção cirúrgica e não deve ser feita em estúdio normal voltado à piercing/tatuagem. O problema, geralmente, é justamente esse: muitos cirurgiões plásticos se negam a fazer este tipo de intervenção, por envolver grande risco, e os interessados acabam fazendo por conta própria ou em estúdio, correndo risco de grande perda de sangue, infecção, entre outros problemas.
Inclusive, durante o processo de pesquisa desta modificação, procuramos por especialistas nessa prática e não obtivemos sucesso.